sexta-feira, 4 de outubro de 2013

São Francisco de Assis


Hoje é dia de um santo muito especial para mim São Francisco de Assis, que como muitos santos se comemora a festa no dia do falecimento, 04 de outubro de 1226; neste pequeno trecho de sua história veremos quão ardente é sua fé é como é um exemplo digníssimo de ser seguido.

Frederico  II, imperador da Alemanha, conseguiu, graças à proteção do papa Inocêncio III, em 1215, tornar-se rei da Sicília, dominando despoticamente várias regiões da Itália.
O poderoso monarca instalou sua corte, por certo tempo, em Bári. E nessa cidade permaneceu, por ocasião de rigoroso inverno; ouvindo falar de Francisco de Assis, quis conhecê-lo. Ansioso por ver a figura ascética do jogral angélico de Deus, mandou chamá-lo, hospedando-o em seu rico e suntuoso castelo. Instigado por seus ímpios cortesões, resolveu o licencioso soberano pôr à prova a virtude do filho de Bernadone. 
Certa noite, após a ceia, recolheram-se todos a seus aposentos, aquecidos por magníficas lareiras. 
Mas, Francisco, receoso e alarmado com o luxo do quarto de dormir, e pressentindo algum perigo, voltava, sem cessar, seu pensamento a Deus, pedindo misericórdia. Em dado momento, antes que se despisse de seu tosco burel, sentiu algo estranho, e divisou formosa mulher que a ele se dirigia com desmedida lascívia, envolvendo-o em sensuais carinhos e tentando, assim, levá-lo ao pecado contra o sexto mandamento da Lei de Deus.
Temendo o rugir de inesperada sensualidade, não obstante soubesse que acima da carne paira a alma imortal tocada pela graça  divina, atirou-se à lareira, sendo logo envolvido por um fogo vivíssimo e purificador. 
Vendo-o em chamas, impressionante tocha humana, a Messalina, aos gritos, correu para fora do quarto, pedindo socorro. Frederico, tomando de espanto e medo, aproximou-se de Francisco, que, milagrosamente livre do fogo, surgiu ileso, diante de todos, confundindo os pérfidos cortesões que lhe armaram a perigosa cilada.
Conta-se que Francisco de Assis se entreteve, algum tempo, com Frederico, e, discorrendo sobre a doutrina cristã, repetiu-lhe as palavras de Jesus: "Quem aproveita ao homem ganhar o mundo, se vier a perder a sua alma? (Mt 16,26).
Sabemos, através da história, que a boa semente divina não encontrou naquele homem dominado por duro materialismo, terreno favorável, não germinou, pois ele não se converteu. Todavia, não foi inteiramente em vão o colóquio de Francisco com Frederico: mais tarde, em 1221, o imperador baixou severas leis contra os jogadores, os blasfemadores e as mulheres do mundo, e contra o fatalismo e os vícios dos hebreus. 
Providências de tal ordem, emanadas de quem estava longe de ser piedoso e morigerado, teriam sido possivelmente o fruto do maravilhoso episódio e da conservação havida no castelo de Bári, naquele memorável inverno de 1216. 

fonte: Francisco, cantor da paz e da alegria- Deodato Ferreira Leite

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