(Festa a 31 de maio)
É doutrina "certa e comumente admitida" que a Santíssima Virgem Maria é Medianeira de todas as Graças, embora Medianeira secundária e dependente de Cristo, Único Mediador Principal e Necessário.
Consumando Jesus Cristo, com a sua morte, o Mistério da nossa Redenção, abriram-se para todos os homens as portas do céu; faltava, porém, a aplicação dos merecimentos da vida, paixão e morte do Salvador às necessidades de todas as almas e de cada alma em particular, para que pudéssemos de fato entrar na Pátria Celeste.
Esta aplicação da Redenção seria feita pelo próprio Jesus Cristo, que, indo para o Pai, estaria sempre a interceder por nós.
Sim, Jesus Cristo é Mediador entre Deus e os homens, conseguindo-nos, do Eterno Pai, os frutos da Redenção.
Contudo, embora Mediador único, Jesus Cristo estabeleceu que os outros cooperassem com Ele na obtenção e distribuição dos dons sobrenaturais; assim o justo, já mesmo neste mundo, vem a ser um desses mediadores, e uma vez no céu, com maior eficácia intercederá por nós, diante do trono de Deus; são, pois, muitos os mediadores a intercederem pela nossa salvação.
Portanto, se todo cristão pode e de cooperar, pelas suas orações, à salvação dos homens, por que Maria, a mais perfeita das criaturas e a mais unida a Nosso Senhor, por que não será Ela a Mediadora por excelência, na obra da Redenção?
"Era desígnio de Deus", diz Leão XIII, que, após ter Maria servido de intermediária no mistério da Redenção, "continuasse igualmente a ser intermediária das graças que esse mistério faria correr em todos os tempos".
Sim, convinha que Aquela que fora nossa Co-Redentora, merecendo-nos, com a graça da Redenção, todas as demais graças, convinha que interviesse na dispensação e distribuição de todas as graças e méritos.
Somente assim é que a Imaculada Maria teria sobre a demônio perfeita e completa vitória, como se esperava fosse a vitória sua, completa e perfeita, segundo o justo entendimento daquele texto marial e messiânico: "Porei inimizade entre ti e a Mulher"...
"De fato, na cooperação com o novo Adão, Jesus Cristo, é que estava a razão da vitória da nova Eva, Maria. Que Maria, portanto, cooperasse também com Ele, dignamente, plenamente, na obra da distribuição dos frutos da Redenção, depois de haver com Ele cooperado na aquisição do nosso resgate."
Mas é especialmente da Maternidade espiritual da SS. Virgem Maria que decorre esta verdade da sua Mediação universal, verdade que já admitida nos primeiros séculos do Cristianismo, pois sempre entenderam os cristãos cultos, pelo menos, que, se Maria estava sempre com Jesus, como, por exemplo, em Nazaré, em Caná, no Calvário, e, depois da morte de seu Divino Filho, com os Apóstolos e discípulos, a aconselhá-los e a dirigi-los, e sempre a interceder pelos homens, é porque Jesus Cristo A queria como Medianeira de todas as graças.
E, portanto, porque de fato Maria coopera para a salvação das almas, para elas obtendo as graças necessárias para perseverarem no bem ou para restaurar-lhes a vida da graça, quando perdida pelo pecado, é por isso que Maria granjeou o título tão consolador para nós pobres mortais - Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.
( A explicação deste título, eu a transcrevi resumindo-a, de um dos capítulos do livro - "Nossa Senhora Medianeira de todas as Graças", do Revmo. Pe. Carlos Zanatta, C.M.)
fonte: Livro Maria e seus gloriosos títulos
**Algumas data podem sofrer alterações pois o livro é antigo.
**Algumas data podem sofrer alterações pois o livro é antigo.
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