(Título litúrgico)
A Igreja celebra duas festas em honra de Nossa Senhora das Dores: a primeira na sexta-feira da semana da Paixão e a outra no dia 15 de setembro.
A primeira festa de Nossa Senhora das Dores é celebrada em toda a Igreja desde o ano de 1727, por ordem do Papa Bento XIII, mas a segunda já se celebrava antes em diversas igrejas e ordens religiosas, quando o Papa Pio VIII, por decreto de 18 de setembro de 1814, autorizou-a para todo o mundo católico.
É muito provável que esta festividade fosse instituída, ou, pelo menos, propagada pelo concílio provincial que se reuniu em Edônia pelo ano de 1413, o qual, para refrear a audácia dos hereges hussitas, que com sacrílego furor afeavam as imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Virgem Dolorosa, estabeleceu que todos os anos, na sexta-feira seguinte do domingo da Paixão, se celebrasse a festa da comemoração das angústias e dores da bem-aventurada Virgem Maria.
Na primeira festa (a da semana da Paixão) celebramos, pois, a fortaleza e paciência invencível com que a Santíssima Virgem Maria, na dolorosa paixão de seu Divino Filho, se deixou atravessar pela espada que lhe profetizava o santo velho Simeão.
Meditemos, portanto, com a Santa Igreja, nesta primeira festa, nos tormentos de Jesus, os quais atormentavam, com a mesma crueldade, o coração de sua Mãe Santíssima.
Na segunda festa das Dores de Maria (a de setembro) comemoram-se todas as suas dores, principalmente as sete dores principais que a Virgem Santíssima teve na vida, paixão e morte de seu amado Jesus.
Ó cristãos que me ledes, façamos, ao menos na época das duas festas que são dedicadas às suas dores, façamos companhia à Rainha dos Mártires, e, condoendo-nos de suas pungentes dores, peçamos-lhe que nos dê um grande ódio ao pecado, causa de suas dores, e força e auxílio para a imitarmos, levando com paciência e submissão a nossa cruz. Peçamos-lhes também que nos assista principalmente no último combate de nossa vida, para que, depois de termos comemorado as suas dores, na terra, possamos participar de suas alegrias no céu.
Salve, Virgem dolorosa,
Amparo dos desgraçados!
Dai-nos, pelas vossas dores,
A dor dos nossos pecados.
(Para esta notícia foram consultados os livros - "Ano Cristão", do Pe. Croiset, S.J. e "Maria ensinada à mocidade".)
fonte: Maria e seus gloriosos títulos
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