A Igreja é obra divina e não humana. Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, feito homem para nossa Salvação, a fundou para todos os tempos e todos os povos. Isto já resulta da própria obra da salvação. Jesus salvou a todos e fundou a Igreja para comunicar a todos a sua doutrina e os meios da salvação. Ele fez uma obra perfeita: salvou-nos e cuidou de que todos quantos quisessem pudessem participar desta sua salvação. No fim da vida, antes de por próprio poder subir ao céu, ordenou a seus apóstolos: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra; ide, pois, e ensina-e a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar todas as coisas, que vos tenho mandado. Quem crê, será salvo; quem não crê, será condenado. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt 28,20; Lc 16,15-16).
Este texto nos ensina em primeiro lugar que Jesus é o Senhor do mundo: do céu e da terra. Deus Pai entregou a Jesus o julgamento do gênero humano. Como tal manda a seus apóstolos pregar toda a doutrina da salvação a todos os povos: ide e ensina-e; manda-lhes comunicar a todos a sua graça: batizando-os,etc. Todos tem que crer e fazer o que os apóstolos ensinam. Quem crê e faz o que os apóstolos ensinam, irá para o céu: quem crê será salvo, quem não crê, será condenado. Que grande promessa, mas também que ameça terrível! E Jesus, segunda pessoa da Santíssima Trindade, fica com os apóstolos até o fim do mundo em todas as circunstâncias e vicissitudes: estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos, isto é, do mundo. Dali a promessa é feita aos apóstolos e seus legítimos sucessores. O sucessor de São Pedro, como chefe da Igreja, é o Papa, bispo de Roma; os sucessores dos demais apóstolos são os bispos legítimos, subordinados ao Papa. Por este texto nos obriga Jesus a ouvir e aceitar as verdades reveladas que a Igreja, isto é, o Papa, com ou sem os bispos, nos propõe a crer. Se crermos e vivermos conforme esta crença, seremos salvos; no caso contrário, seremos condenados. Se Jesus nos obriga a tanto, como indubitavelmente o fez, deve providenciar para que a Igreja, isto é, o Papa, com ou sem os bispos, não nos ensine falsidades, mas que tudo quanto ensinar sobre a fé e moral seja exato: " eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos", "eu rogarei ao Pai, e Ele vos mandará outro consolador, o Espírito da verdade, que ficará convosco eternamente e vos ensinará a verdade".
Pelo último texto vemos que Jesus promete pelo Pai o divino Espírito Santo, o Espírito da verdade, que ficará com os apóstolos eternamente, isto é, também com os sucessores dos apóstolos. Temos pois que ouvir o Papa como se ele fosse o próprio São Pedro. E assim se pode continuar a alegar textos que provam a infalibilidade da Igreja, isto é, do Papa e dos bispos em união com o Papa.
Estes textos nos garantem ao mesmo tempo que a Igreja durará até o fim do mundo. "Céus e terra passaram, mas minhas palavras não passarão", disse Jesus, que, portanto, ficará com a sua Igreja até o fim do mundo, pelo que esta não errará na fé, não será aniquilada.
F.I. Westerveld, O.F.M.
F.I. Westerveld, O.F.M.
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