quinta-feira, 21 de abril de 2022

7º Mandamento de Deus: Não furtar

 


1. Por este mandamento, Deus proíbe-nos tomar ou deter injustamente o alheio.

2. Há três espécies de pecados contra este mandamento: 1º tomar os bens alheios contra a vontade do seu dono; 2º reter o alheio injustamente; 3º causar dano ao próximo com malícia e injustiça. 

3. Os que tomam injustamente o bem alheio são: os ladrões, os criados infiéis, os mercadores sem probidade, os usuários, os litigantes de má fé, e em geral todos os que fazem dano ao próximo. 

4. Os filhos que roubam os pais pecam contra o 7º mandamento, porque se apoderam dum bem que ainda não lhes pertence. 

5. É sempre pecado apoderar-se dos bens do próximo, mas o pecado é mais ou menos grave conforme o valor do objeto.

6. Há circunstâncias que tornam mortal, um roubo pequeno em si, por exemplo quando um pequeno roubo causa grande prejuízo. 

7. Pode-se reter injustamente um bem alheio de vários modos: não pagando as dívidas, não restituindo os depósitos que nos foram confiados e guardando alguma coisa achada sem se informar de quem seja o seu dono para lhe restituir. 

8. Pecam contra este mandamento os que culpadamente fazem ou causam dano ao próximo.

9. Peca-se contra este mandamento, não só cometendo uma injustiça, mas também participando da injustiça do próximo.

10. Eis aqui os conselhos que dava São João Batista aos que lhe confessavam as suas injustiças: Já o machado está posto a raiz das árvores; e assim toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo. E lhe perguntavam as gentes dizendo: Pois que faremos? E respondendo lhes dizia: O que tem duas túnicas, dê uma ao que não tem, e o que tem que comer faça o mesmo. E vieram também a ele publicanos para que os batizasse e lhe disseram: Mestre, que faremos nós? E ele respondeu: Não cobreis mais que o que vos foi ordenado. Da mesma sorte perguntavam-lhe também os soldados dizendo: E nós, que faremos? E João lhes respondeu: Não trateis mal nem oprimais com calúnia pessoa alguma e dai vos por contentes com o vosso soldo. E como o povo atendesse e todos assentassem nos seus corações, que talvez João seria o Cristo, respondeu João: Eu na verdade batizo em água; mas virá outro mas forte do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia dos seus sapatos. Ele vos batizará em virtude do Espírito Santo e no fogo, cuja pá está na sua mão, e ele limpará a sua eira, e recolherá o trigo em seu celeiro, e queimará as palhas, num fogo que nunca se apaga. (Lc 3, 9-18). 


Explicação da gravura


11. Vê-se na esquerda na parte inferior o velho Tobias pobre e cego, que possuíra grandes bens sua mulher trabalhava para o sustentar. Um dia que lhe tinham dado um cabrito Tobias, ouvindo os balidos do animal, disse: Tomai conta que não seja fruto de algum roubo.

12. No alto da gravura vê-se o rei Acab ferido num combate. Este príncipe desejava obter uma vinha pertencente a Naboth que não a quis vender. Acab então de acordo com a sua mulher mas perversa do que ele, mandou assassinar a Naboth e apoderou-se da sua vinha. Elias profetizou-lhe da parte de Deus que o seu sangue seria lambido pelos cães no mesmo lugar onde o fora o de Naboth. Acab estando em guerra com o rei da Síria, foi ferido por uma seta, e o seu sangue lambido pelos cães, como o profetizara Elias.

13. Vê-se na parte inferior à direita um Israelita de nome Achan que, contra a proibição do Senhor, se apropriara, depois da tomada de Jericó, de grande quantidade de rebanhos, duzentos, sielos de prata, um regra d'ouro e um manto de púrpura. Achan foi severamente castigado por ordem de Josué; o povo apedrejou e queimou-o juntamente com o que ele roubara. 


Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910 (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica).
Edição da Juventude Católica de Lisboa.

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