Valenciennes (França)
No ano de 1008 a peste assolava Valenciennes, tendo vitimado, em poucos dias, oito mil pessoas.
Um piedoso eremita, condoendo-se dos moradores da cidade, retirou-se para uma floresta vizinha, para pedir a proteção da Mãe de Deus, que, bondosa como sempre, atendeu as suas súplicas, prometendo-lhe que manifestaria o seu poder na noite de 7 para 8 de setembro, festa da sua Natividade.
E assim aconteceu: nessa noite um grande clarão se espalhou pelos ares!
Os habitantes da cidade, saindo amedrontados para as ruas, viram a Mãe de Deus resplandecente de glória e cercada de Anjos, a um dos quais entregou um novelo de cordão, com a ordem de rodear a cidade. O Anjo, obedecendo, circundou-a, desenrolando o novelo, e, finda a sua tarefa, a visão desapareceu, cessando a peste nesse momento.
A alegria foi indescritível, e eis que regressa o eremita, anunciando que, para agradecerem tão grande benefício, fariam uma procissão ao redor da cidade, e, à medida que a procissão avançava, iam recolhendo o maravilhoso cordão, que foi guardado num relicário de madeira dourada.
As autoridades da cidade se comprometeram nesse dia, por um voto, a fazerem todos os anos a mesma procissão, no dia da festa da Natividade de Nossa Senhora.
O milagroso cordão, que livrou várias vezes Valenciennes da peste, foi depositado em uma capela que Carlos Magno tinha mandado construir em honra de Nossa Senhora.
A igreja atual de Nossa Senhora do Santo Cordão foi construída em substituição da primitiva, que datava do século XIII, e tinha sido demolida depois da Revolução.
A peregrinação atual ainda circula a cidade.
(Versão do livro "Mille Pèlerinages de Notre- Dame".)
Fonte: livro Maria e seus gloriosos títulos
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