segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Os últimos fins do homem - A morte


 

A MORTE

1. Os últimos fins ou novíssimos do homem são a morte, o juízo, o inferno e o paraíso.

2. É bom lembrarmo-nos frequentemente os nossos últimos fins; esta lembrança afasta o pecado e nos excita ao fervor e ao zelo no serviço de Deus. Diz a Escritura sagrada: "Lembra-te de teus últimos fins e nunca mais hás de pecar."


A morte

3. A morte é o fim da vida, a separação da alma do corpo, a passagem da vida à eternidade.

4. Depois da morte do corpo corrompe-se e desfaz-se em pó; mas há de ressuscitar no fim do mundo.

5. A alma vai comparece na presença de Deus para ser julgada pelas suas obras.

6. Pelo pecado dos nossos primeiros pais entrou a morte do mundo. Proibiu-lhes Deus que comessem do fruto da árvore sita no meio do paraíso, ameaçando-os de morte de desobedecessem. Pelos pérfidos conselhos do demônio transgrediram aquele mandamento e foram condenados à morte, eles e todos os seus descendentes.

7. É pois certíssimo que todos os homens hão de morrer. São Paulo diz: "Decretado foi: todos os homens hão de morrer uma vez."

8. Mas quando morreremos? Quando aprouver a Deus; incerta é a hora da morte. Por isso Nosso Senhor disse: "Vigiai e orai, porque não sabeis nem o dia nem a hora". Quis Deus que a hora da morte fosse incerta e desconhecida, para que estivéssemos sempre preparados para morrer, já que todos os dias podemos morrer.

9. A melhor preparação para a morte é uma vida cristã. 

10. A preparação próxima para a morte é uma boa confissão e a recepção dos últimos sacramentos. É preciso não esperar os últimos dias da enfermidade ou doença para preparar-se para a morte, porque é expôr-se à condenação eterna, morrendo impenitente, como o indica Nosso Senhor no seguinte lugar do Evangelho: Um dia, um homem da plebe disse a Jesus: Dize a meu irmão que reparta comigo da herança. Porém Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu a mim juíz ou partidor sobre vós-outros? Depois lhe disse: Guardai-vos e acautelai-vos de toda a avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui. Sobre o que lhe propôs esta parábola dizendo: O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia dentro de si estes pensamentos dizendo: Que farei, que não tenho aonde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto; derrubarei os meus celeiros e far-lo-ei maiores, e neles recolherei todas as minhas novidades e os meus bens. E direi à minha alma: Alma minha, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descança, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse a este homem: Néscio, esta noite, te virão a demandar a tua alma, e as coisas que tu ajuntaste para quem serão? - Assim é o que entesoura para si e não é rico para Deus. (Lc 12, 13-22)


Explicação da gravura

11. A gravura representa a São Francisco de Borja, fidalgo da corte do imperador Carlos V. Tendo falecido a esposa do imperador, foi Francisco encarregado de levar o cadáver da imperatriz à Grenada. Chegado o préstito à cidade, abriu-se o féretro ou caixão para que se certificasse que o corpo nele contido era o da imperatriz. À vista do cadáver já podre e desfigurado, tão comovido ficou Francisco de Borja que resolveu renunciar às vaidades e ao mundo. Entrou na Compahia de Jesus, onde se tornou um grande santo.

12. Nos ângulos superiores vê-se um homem e uma mulher mirando-se ao espelho, e vendo a sua caveira. Na cabeça deles está a palavra Hoje, e no espelho a palavra: Amanhã. 

13. Na parte inferior vê-se um cemitério com cruzes e monumentos funerários e inscrições, com campas abertas deixando ver esqueletos.

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Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910 (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica).
Edição da Juventude Católica de Lisboa. 






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