segunda-feira, 29 de novembro de 2021

5º Mandamento de Deus (continuação): Não matar.

 



1. O quinto mandamento não proíbe somente dar morte ao próximo, mas também espancá-lo, feri-lo, e de uma maneira geral fazer-lhe mal de qualquer modo que seja, tanto ao corpo como à alma.
2. Quando causamos dano ao próximo com a morte ou com pancadas, ficamos obrigados a pagar todos os danos e prejuízos feitos a esse próximo, ou a seus filhos e pessoas prejudicadas. 
3. Podemos também fazer mal ao próximo na alma, dando-lhe motivos de cometer algum pecado, pelo escândalo ou mau exemplo, a que podemos chamar homicídio espiritual. 
4. O escândalo é uma palavra, uma ação ou omissão, má em si ou na aparência, que pode dar ocasião de ruína espiritual ao próximo.
5. O escândalo pode dar-se de duas maneiras: diretamente, quando alguém tem intenção de induzir a outro ao pecado: indiretamente, quando, sem intenção de induzir a outro ao pecado, se fazem ou dizem coisas tais que podem incitar ao mal. 
6. Os escandalosos chamam-se inimigos de Deus e cooperadores do demônio.
7. O que deu escândalo está obrigado a ressarcir o dano causado pelo escândalo, ao menos com o bom exemplo. Quando tivermos dado mau exemplo devemos, em consciência, persuadir o contrário, e dizer que fizemos muito mal.
8. Eis aqui como Nosso Senhor condena o escândalo no Evangelho: João disse a Jesus: Vimos a um homem que lançava fora os demônios em teu nome, que não vos segue, e lhe proíbimos. E disse Jesus: Não lho proibais, porque não há nenhum que faça milagre em meu nome, e que possa logo dizer mal de mim, porque quem não é contra vós, é por vós. E qualquer  que vos dar a beber um copo d'água em meu nome, em atenção a que sois coisa de Cristo, digo-vos em verdade que não perderá a sua recompensa. E todo aquele que escandalizar um destes pequenos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe atassem a roda do pescoço uma mó de moinho e que o lançassem no mar. E se tua mão escandalizar, corta-a: melhor te é entrar na vida eterna manco, do que tendo duas mãos, ir para o inferno, para o fogo que nunca jamais se apaga, onde o bicho que os rói nunca morre, e onde o fogo nunca se apaga. E se o teu pé te escandaliza, corta-o, melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que tendo dois pés, ser lançado no fogo do inferno que nunca jamais de apaga... E se o teu olho te escandaliza, lança-o fora: melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que tendo dois, ser lançado no fogo do inferno. (Mc 9,37-46).
E noutra passagem: Um dia vieram ter com Jesus os Fariseus e alguns dos Escribas que eram chegados de Jerusalém. E quando viram tomar a refeição a alguns dos seus discípulos sem lavar as mãos, os vituperaram por isso. Porque os Fariseus e todos os judeus, em observância da tradição dos antigos, não comem sem lavarem as mãos muitas vezes...
Perguntavam a Jesus os Fariseus e os Escribas: Porque não andam os teus discípulos conformes com as tradições dos antigos, mas comem as viandas sem lavar as mãos? E ele lhes disse: Com muita razão Isaías profetizou de vós hipócritas dizendo: Este povo honra-me com a boca, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram eles, quando ensinam máximas e preceitos dos homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, observais cuidadosamente a tradição dos homens... (Mc 7,1-9).


Explicação da gravura

9. A gravura representa a Jesus Cristo com os seus discípulos: mostra-lhes uma criança que chamara para junto de si, apontando-lhes ao mesmo tempo um homem a quem lançam no mar com uma mó de moinho amarrada ao pescoço.


Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910 (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica).
Edição da Juventude Católica de Lisboa.

5º Mandamento de Deus: Não matar.




 1. Este mandamento proíbe o matar injustamente o nosso semelhante, e também o matar-se alguém a si mesmo.

2. Dizemos injustamente, porque há casos em que pode ser lícito o matar alguém, como seria em própria defesa, numa guerra justa ou por sentença de magistrados.

3. Não é somente réu de homicídio aquele que mata com as próprias mãos; também o é quem para ele concorre com ordem, conselho, auxílio, ou de qualquer outro modo. 

4. Nunca é permitido o matar-se alguém a si mesmo, por mais infeliz que seja, porque a nossa vida pertence a Deus e só ele tem direito de lhe pôr termo.

5. Aquele que se mata a si expõe-se a maior das desgraças, porque ordinariamente não tem tempo para fazer penitência do seu crime e cai sem remorso na condenação eterna. 

6. O matar alguém, chama-se homicídio, o matar-se a si mesmo chama-se suicídio.

7. O suicídio é um crime tão grande, que a Igreja recusa a sepultura cristã aquele que se suicida, quando se sabe ao certo que gozava das suas faculdades.**

8. Desejar a morte a alguém é pecado, quando é por ódio, impaciência, ou outro fim interesseiro e mau.

9. Não é permitido abreviar a vida de alguém com o fim de acabar com seus sofrimentos.

10. Nunca é lícito, nem mesmo a autoridade pública, matar um inocente, ainda que o bem comum o exigisse e que o inocente o consentisse, porque ninguém é senhor da vida.

11. Não nos é lícito desejar a morte a não ser para gozarmos a presença de Deus no céu ou ainda para não o tornar a ofender na terra. 

12. Os que se provocam a desafio cometem dois crimes, porque se expõem a si próprios à morte,  e procuram matar os outros.

13. As testemunhas dos que se batem em duelo são tão culpadas como aqueles, porque autorizam o duelo com a sua preseça.

14. Diz Nosso Senhor no Evangelho: Tendes ouvido que foi dito: amarás ao teu próximo, e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se vos não amais senão os que vos amam, que recompensa haves de ter? Não fazem os publicanos também a mesmo? E se vos saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os Gentios? Sede vos logo perfeitos como também Vosso Pai celestial é perfeito.

15. Este mandamento proíbe também o ódio e a vingança.


Explicação da gravura

16. Na parte superior está representado Caim que acaba de matar a seu irmão Abel. Quando procura fugir, chama-o Deus, censura-lhe o crime cometido, lança-lhe a maldição e o expulsa da sua presença. 

A inveja foi que causou este primeiro homicídio.

17. Na parte inferior direita vê-se Architofel que se enforcou na sua casa depois de ter velado Absalão à revolta contra o rei Davi, seu pai com o fim de usurpar o trono.

18. Na parte inferior esquerda estam representados dois homens que se desafiaram. Chega um bom cristão que, interpondo-se, os acalma e lhes mostra a cruz da qual Nosso Senhor os vê e condena o seu procedimento.


** Hoje a Igreja não nega mais sepultura aos suicídas porque depois do advento da ciência psiquiátrica, ela entende que a pessoa pode estar sob o efeito de doença cerebral ou uso de entorpecentes; abrandando assim sua culpabilidade. 


Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910 (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica).
Edição da Juventude Católica de Lisboa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Nossa Senhora das Ovelhas




 Albert (França)


As peregrinações ao Santuário de Nossa Senhora das Ovelhas são célebres em toda a região do norte, e resultaram, diz a lenda, da descoberta, nos arredores da cidade, no século XI, de uma imagem milagrosa de Nossa Senhora, que se acha hoje na capela absidal, e cujo título provém da imagem, que tem uma ovelhinha deitada aos pés da Santíssima Virgem.

As peregrinações a este Santuário são realizadas de 15 de agosto e 8 de setembro.



(Versão do livro "Mille Pèlerinages de Notre-Dame", de I. Couturier de Chefdubois.)

Maria e seus gloriosos títulos - Edéssia Aducci

Nossa Senhora dos Milagres



 Mauriac (França) 


Situada ao pé de uma colina vulcânica, Mauriac é uma cidade antiga, cuja fundação é atribuída a São Mário, seu padroeiro, apóstolo da alta Auvergne; porém há uma lenda que tende a atribuir a fundação de Mauriac não a São Mário, mas a Santa Teodechilde, filha de Clóvis, que, depois de várias visões sobrenaturais, mandou construir nesse lugar uma capela, onde um círio devia arder permanentemente diante da imagem de Nossa Senhora. A lenda adjunta que essa capela foi construída com materiais provenientes de um templo de Mercúrio, e que Santa Teodechilde doou seus bens aos Monges de São Pedro o Vivo, com a condição de eles cuidarem do Santuário. 

Um mosteiro foi construído, por isso, ao lado da capela. 

Em 1050 os restos de São Mário, foram enterrados nessa Capela, onde são conservados, como preciosidades, algumas relíquias do Santo, que atraem muitos visitantes. 

O título - Nossa Senhora dos Milagres provém dos muitos milagres que Nossa Senhora operou, por meio dessa imagem, a favor de seus filhos. 

Sua igreja é um belo edifício do século XIII. 

A imagem de Nossa Senhora dos Milagres é muito antiga, tão antiga, sem dúvida, quando o Santuário, e provavelmente é a mesma que Clóvis enviou a sua filha.

Outrora a festa de Nossa Senhora dos Milagres era a 9 de maio, com um ofício litúrgico próprio, dando-lhe um caráter muito particular, e distinguindo-a das outras peregrinações da alta Auvergne. 

Depois da Concordata, a peregrinação oficial é realizada no domingo que segue o dia 9 de maio, mas outras peregrinações particulares são realizadas no decorrer do ano. 



(Versão do livro "Mille Pèlerinages de Notre-Dame", de I. Couturier de Chefdubois.)

Maria e seus gloriosos títulos - Edéssia Aducci

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Ponto II - Preparação para a morte



"Cristão, para melhor compreenderes o que és - disse São João Crisóstomo - "aproxima-te de um sepulcro, contempla o pó, a cinza e os vermes, e chora". Observa como aquele cadáver, de amarelo que é, se vai tornando negro. Não tarda a aparecer por todo o corpo uma penugem branca e repugnante. Sai dela uma matéria pútrida, nasce uma multidão de vermes, que se nutrem das carnes. Às vezes, se associam a estes ratos para devorar aquele corpo, saindo por cima dele, enquanto outros penetram na boca e nas entranhas. Caem em pedaços as faces, os lábios e o cabelo; descarna-se o peito, e em seguida os braços e as pernas. Quando as carnes estiverem todas consumidas, os vermes passam a se devorar uns aos outros, e de todo aquele corpo só resta afinal um esqueleto fétido que com o tempo se desfaz, desarticulando-se os ossos e separando-se a cabeça do tronco. 

"Reduzindo como a miúda palha que o vento leva para fora da eira no tempo do estio" (Dn 2,35). Isto é um homem: um pouco de pó que o vento dispersa. 

Onde está agora aquele cavalheiro a quem chamavam alma e encanto da conversação? Entra em seu quarto; já não está ali. Visita o seu leito; foi dado a outro. Procura suas roupas, suas armas; outros já se apoderaram de tudo. Se quiseres vê-lo, acerca-te daquela cova onde jaz em podridrão e com a ossada descarnada. Ó meu Deus! A que estado ficou reduzido esse corpo alimentado com tanto mimo, vestido com tanto gala, cercado de tantos amigos? Ó santos, como haveis sido prudentes: pelo amor de Deus - fim único que amastes neste mundo - soubeste mortificar a vossa carne. Agora, os vossos ossos, como preciosas relíquias, são venerados e conservados em urnas de ouro. E vossas belas almas gozam de Deus, esperando o dia final para se unir com vossos corpos gloriosos, que serão companheiros e partícipes da glória sem fim, como o foram na cruz durante a vida. Este é o verdadeiro amor ao corpo mortal: fazê-lo suportar trabalhos, a fim de que seja feliz eternamente, e negar-lhe todo o prazer que o possa lançar para sempre na desdita. 


Afetos e súplicas     


Eis aqui, meu Deus, a que se reduzirá também este meu corpo, por meio do qual tanto vos tenho ofendido: presa dos vermes e da podridrão! Mas não me aflinjo, Senhor; antes me regozijo de que assim se tenha que corromper e consumir-se a esta carne que me fez perder a vós, meu Sumo Bem. O que me contrista é ter-vos causado tanto desgosto, indo à procura de míseros prazeres. Não quero, porém, desconfiar da vossa misericórdia. Vós esperastes por mim para me perdoar (Is 30,18). E quereis perdoar-me se me arrependo. Sim, arrependo-me, ó Bondade infinita, de todo o meu coração, de vos ter desprezado. Direi com Santa Catarina de Gênova: "Meu Jesus, nunca mais pecarei, nunca mais pecarei". Não quero abusar por mais tempo da vossa paciência. 

Não quero esperar, meu amor crucificado, para vos abraçar quando me fordes apresentado pelo confessor na hora da morte. Desde já, vos abraço; desde já, vos recomendo a minha alma. Como esta minha alma tem passado tantos anos sem amar-vos, dai-me luz e força para que vos ame no resto de minha vida. Não esperarei, não, para amar-vos, até que se aproxime a hora derradeira. Desde já, vos abraço e estreito o coração, prometendo jamais vos abandonar. 

Ó Virgem Santíssima, uni-me a Jesus Cristo, alcançando-me a graça de não o perder nunca!


Santo Afonso Maria de Ligório - Preparação para a morte.


terça-feira, 2 de novembro de 2021

Retrato de um homem que acaba de expirar









És pó e em pó hás de tornar (Gn 3,19).

Considera que és pó e em pó te hás de converter. Virá o dia em que será preciso morrer e apodrecer num fosso, onde ficarás coberto de vermes. A todos, nobres e plebeus, príncipes ou vassalos, estará reservada a mesma sorte. Logo que a alma, com o último suspiro, sair do corpo, passará à eternidade, e o corpo se reduzirá a pó. 
Imagina que estás em presença de uma pessoa que acaba de expirar. Contempla aquele cadáver, estendido ainda em seu leito mortuário: a cabeça inclinada sobre o peito; o cabelo em desalinho e banhado ainda em suores da morte, os olhos encovados, as faces descarnadas, o rosto acinzentado, os lábios e a língua cor de chumbo; hirto e pesado o corpo. Treme e empalidece quem o vê. Quantas pessoas, à vista de um parente ou amigo morto, mudaram de vida e abandonaram o mundo. 
É ainda mais horrível o aspecto do cadáver quando começa a corromper-se. Nem um dia se passou após o falecimento daquele jovem, e já se percebe o mau cheiro. É preciso abrir as janelas e queimar incenso; é mister que prontamente levem o defundo à igreja, ou ao cemitério, e o entreguem a terra para que não infeccione toda a casa. Mesmo que aquele corpo tenha pertencido a um nobre ou potentado, não servirá senão para que exale ainda fetidez mais insuportável, - disse um autor. 
Vês o estado que chegou aquele soberbo, aquele dissoluto! Ainda a pouco via-se acolhido e cortejado pela sociedade; agora tornou-se o horror e o espanto de quem o contempla. Os parentes apressam-se em afastá-lo de casa e pagam aos coveiros para que o encerrem em um esquife e lhe deem sepultura. Há bem poucos instantes ainda se apregoava a fama, o talento, a finura, a polidez e a graça desse homem; mas apenas está morto, nem sua lembrança se conserva.
Ao ouvir a notícia de sua morte, limitam-se uns a dizer que era um homem honrado; outros, que deixou à família grande riqueza. Contristam-se alguns, porque a vida do falecido lhes era proveitosa; alegram-se outros, porque vão ficar de posse de tudo quanto tinha.  Por fim, dentro em breve, já ninguém falará dele, e até seus parentes mais próximos não querem ouvir falar dele para não se lhes agravar a dor que sentem. Nas visitas de condolências, trata-se de outro assunto; e, quando alguém se atreve a mencionar o falecido, não falta um parente que advirta: Por caridade, não pronuncies mais o seu nome! Considera que assim como procedes por ocasião da morte de teus parentes e amigos, assim outros o agirão na tua. Os vivos entram no cenário do mundo para desempenhar seu papel e ocupar os lugares dos mortos; mas do apreço e da memória destes pouco ou nada cuidam.
A princípio, os parentes se aflingem por alguns dias, mas se consolam depressa com a parte da herança que lhes couber e, talvez, parece até que a tua morte os regozija. Naquela mesma casa onde exalaste o último suspiro, e onde Jesus Cristo te julgou, passarão a celebrar-se, como dantes, banquetes, bailes, festas e jogos. E a tua alma, onde estará então? 


Afetos e súplicas


Agradeço-vos, meu Jesus Redentor, o não me terdes deixado morrer quando incorrera no vosso desagrado! Há quantos anos já, mereci estar no inferno! Se eu tivesse morrido naquele dia, naquela noite, que teria sido de mim por toda a eternidade? Senhor, dou-vos graças por esse benefício. Aceito a  minha morte em satisfação de meus pecados e aceito-a tal qual me quiserdes enviar; mas, já que haveis esperado até esta hora, esperai mais um pouco ainda. Dai-me tempo de chorar as ofensas que vos fiz, antes que chegue o dia em que tereis de julgar-me. 
Não quero resistir por mais tempo, ao vosso chamado. Talvez, estas palavras que acabo de ler, sejam para mim vosso último convite! Confesso que não mereço misericórdia. Tantas vezes me tendes perdoado, e eu, ingrato, tornei a vos ofender! Senhor, já que não sabeis desprezar nenhum coração que se humilha e se arrepende (Sl 50,19), eis aqui um traidor, que arrependido recorre à vós! Por piedade, não me repilais de vossa presença (Sl 50,13). Vós mesmo dissestes: "aquele que vem a mim, não o desprezarei" (Jo 6,37). É verdade que vos ofendi mais que os outros, porque mais que os outros fui favorecido por vossa luz e vossa graça. Mas anima-me o sangue que por mim derramastes, e me fez esperar o perdão se me arrepender sinceramente. Sim, Sumo Bem de minha alma, arrependo-me de todo o coração de vos ter desprezado. 
Perdoai-me e concedei-me a graça de vos amar para o futuro. Basta de ofensas. Não quero, meu Jesus, empregar o resto de minha vida em injuriar-vos; quero unicamente empregá-la em chorar sem cessar os ultrajes que vos fiz, e em amar-vos de todo o coração. Ó Deus, digno de amor infinito! Ó Maria, minha esperança, rogai a Jesus por mim! 



Santo Afonso Maria de Ligório - Preparação para a morte.