terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Nossa Senhora Achiropita



Conta-se que no ano de 590, em Rossano (Calábria, Itália), o eremita Santo Efrém obteve de Maurício, imperador de Constantinopla, a permissão de transformar a gruta em que ele habitava em um templo dedicado a Nossa Senhora. 
A gruta do Eremita ficou encerrada entre os murros da nova igreja.
O governador Filípico, cunhado de Maurício, determinou que se pintasse a imagem de Nossa Senhora no fundo da gruta, tendo sido escolhidos hábeis artistas de Bizâncio para esse fim; mas o que era pintado pelos artistas durante o dia desaparecia misteriosamente à noite. 
Filípico, desconfiado e aborrecido com o contratempo, ordenou que fosse a gruta vigiada. 
Estava o guarda em seu posto, durante a noite, quando viu surgir repentinamente uma senhora de rara beleza, toda resplandecente e vestida de seda alvíssima, a qual lhe pediu que se retirasse. 
Na manhã seguinte, informado do extraordinário fato, Filípico dirigiu-se com outras pessoas para a gruta, e verificaram todos, com grande admiração, estar a imagem de Maria magnificamente pintada no lugar em que os artistas desejavam pintá-la. 
A Virgem, na sua incomensurável condescendência, havia pintado o seu próprio retrato.
Eis porque a imagem tão cara aos corações dos fiéis devotos de Nossa Senhora foi denominada Achiropita, isto é, "não pintada por mão humana". 
Explicação da palavra Achiropita: A, prefixo grego = não; chiro - mão; pita, de pittuare, pintar. A ortografia atual é: Aquiropita. 
Emigrantes calabreses, vindos para Sâo Paulo, trouxeram uma cópia fiel desta imagem, e os Padres Missionários da Divina Providência, (Obra de Dom Orione) lhe dedicaram a sua igreja, construída com o auxílio de muitos italianos à rua 13 de maio, 488, São Paulo. 

(Esta notícia histórica foi extraída duma folhinha avulsa distribuída aos fiéis na referida igreja (Paróquia Nossa Senhora de Achiropita), tendo sido um tanto desenvolvida com a notícia da desta publicada no jornal "Fanfulla", de Sâo Paulo, de 13 de agosto de 1950. Tanto na folhinha como no jornal foram-me enviados por uma amiga de São Paulo.

fonte: livro Maria e seus gloriosos títulos.

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