quinta-feira, 27 de julho de 2017

Catecismo - 3º artigo (continuação): Nasceu de Maria Virgem



 
Explicação da gravura
 
1. Ao centro, o Menino Jesus nasce do estábulo de Belém, cercado dos cuidados de Maria, sua Mãe, e de São José, seu pai adotivo. Perto da manjedoura onde o Menino repousa, um boi e um jumento, animais que, segundo a tradição, lá se encontravam.
2. Os pastores vem adora-lo, e no céu os anjos entoam o alegre cântico: Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade.
 
 
Nascimento de Jesus Cristo

 
3. "E aconteceu naquele tempo que saiu um edito de César Augusto, para que fosse alistado todo o mundo. E este primeiro alistamento foi feito por Cyrino, governador da Síria. E iam todos alistar-se, cada qual à sua cidade. E saiu também José de Galileia da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, que se chamava Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com sua esposa Maria, que estava grávida. E estando ali aconteceu completarem-se os dias em que ela devia dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e o enfaixou e reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

Vida oculta de Jesus
 
4. Guiados por uma estrela milagrosa, os Magos, em números de três, vieram adorar o Menino Jesus, e ofereceram-lhe ouro como a um rei, incenso como a um Deus e mirra como a um homem mortal, por isso que a mirra era empregada para o embalsamento dos mortos.
5. Nosso Senhor foi apresentado no templo quarenta dias depois do seu nascimento, no segundo dia de fevereiro. A Santíssima Virgem cumpriu nesse dia a cerimônia da purificação, prescrita pela lei de Moisés.
6. Depois da apresentação no templo, os pais de Jesus levaram-no para o Egito, a fim de escapar à perseguição de Herodes, que o queria mandar matar.
7. Para conseguir o seu fim, Herodes mandou degolar todas as crianças até a idade de dois anos em Belém e seus arredores. Estas crianças são os chamados Santos Inocentes.
8. Morto Herodes, o Menino Jesus voltou para Nazaré, na Galileia, onde permaneceu até a idade de trinta anos.
9. A vida de Jesus em Nazaré foi uma vida ignorada, pobre e de trabalho.
10. Ensina-nos o Evangelho que durante este tempo Jesus Cristo frequentava o templo nos dias de festa, era obediente a seus pais, e à medida que ia crescendo em idade, mais dava mostras de sabedoria e santidade.

Vida publica de Jesus

11. Na idade de trinta anos, Jesus Cristo recebeu o batismo das mãos de São João Batista, nas águas do Jordão.
12. E retirou-se em seguida para o deserto onde jejuou durante quarenta dias permitindo ao demônio que o tentasse, para nos ensinar como devemos resistir às tentações.
13. Saindo do deserto, Jesus Cristo escolheu os seus doze apóstolos, e começou a pregar o Evangelho na Judéia.
14. Nosso Senhor tomou para seus apóstolos a uns pobres pescadores que não tinham nenhuma instrução e viviam do seu trabalho.
15. São os seus nomes: Simão chamado Pedro, e André seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu, Tomé, Mateus o publicano, Tiago filho de Alfeu e Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariota, o traidor.
16. A palavra Evangelho quer dizer "Boa Nova". A boa nova que Jesus Cristo anunciava era ser Ele Filho de Deus, o Messias ou Salvador prometido desde o princípio do mundo.
17. Jesus Cristo reforçava a sua doutrina com a prática de numerosos milagres. Fez o primeiro a pedido da sua Santíssima Mãe, mudando a água em vinho nas bodas de Caná, na Galiléia.
18. Para testemunhar o seu amor às crianças, Jesus acariciava-as com as mãos, abraçava-as e abençoava-as dizendo: Deixai vir a mim os pequeninos, porque destes tais é o reino dos céus.
19. Falando aos desgraçados, Jesus dizia: Vinde a mim, vós todos que sofreis, e eu vos consolarei.
20. Jesus recebia os pecadores com bondade, e dizia: Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores.


Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910. (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica)
Edição da Juventude Católica de Lisboa.


domingo, 16 de julho de 2017

Nossa Senhora do Carmo

 
Festa a 16 de julho
 
 
 Os religiosos Carmelitas, perseguidos pelos sarracenos, abandonaram o monte Carmelo e os lugares vizinhos da Palestina, e foram para a Europa, onde procuraram estabelecer-se; porém, como a Ordem Carmelitana, nessa época, era violentamente perseguida no Oriente pelos infiéis, tornou-se no Ocidente o alvo de muitas prevenções e injustiças.
 
Nestas tristes ocorrências, Simão Stock, que por sua eminente santidade tinha sido eleito em  1245 Superior Geral da Ordem, voltou-se para Maria, pedindo-lhe com as mais fervorosas orações que protegesse a sua Ordem do Carmo, e lhe desse algum sinal sensível de sua proteção.
 
"Ó Virgem Maria", dizia ele, "tomai nossa defesa, e mostrai que sois nossa Mãe!"
 
Comovida pelas súplicas de seu servo, a Mãe de Deus apareceu-lhe a 16 de julho, tendo na mão o escapulário do Carmo, que Ela lhe entregou, pronunciando estas palavras: "Recebe, meu querido filho, este escapulário como sinal da minha confraria, e prova do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas; é um sinal de salvação, um escudo nos perigos, um penhor de paz e aliança eterna. Aquele que morrer revestido deste escapulário será preservado do fogo eterno".
 
Esta aparição teve lugar em Cambridge, no condado do mesmo nome, a 16 de julho de 1251.
 
Mal se espalhou a notícia dessa aparição, a Ordem dos Carmelitas, tão perseguida até esse dia, não só recuperou a paz, mas também se tornou objeto de simpatia, tendo-se multiplicado prodigiosamente.
 
O bem aventurado Simão Stock (hoje São Simão Stock), depois de ter trabalhado com muito zelo na difusão do santo escapulário, morreu cheio de merecimentos, em Bordéus, no dia 16 de julho de 1265.
 
A Ordem dos Carmelitas tirou seu nome da montanha do Carmelo, na Palestina, na qual habitava o santo profeta Elias, que os Carmelitas honram como seu fundador.
 
Novecentos anos antes de Cristo, já os eremitas do monte Carmelo prestavam culto profético à futura Mãe do Redentor do mundo, que Santo Elias simbolizara na nuvenzinha que ele viu erguer-se do mar, e, alargando-se sobre a terra, desfazer-se em chuva copiosa e fecunda, depois de longa seca, com que Deus provara o seu povo.
 
Desde então o profeta Elias e seus companheiros honraram e veneraram, com toda a devoção, a essa Virgem Santíssima, que um dia havia de vir ao mundo para ser a Mãe de Deus, a corredentora do gênero humano.
 
A Ordem da Virgem Maria (sem qualquer título), como acham os Carmelitas que devia chamar-se a sua Ordem, foi posteriormente chamada pelo povo cristão de - Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
 
"Carmo" (abreviatura de Carmelo), para distingui-los das outras Ordens religiosas, e assim Nossa Senhora granjeou mais um título, e título glorioso, por meio do qual Maria tem dispensado favores sem conta, beneficiando a pobre humanidade sofredora.
 
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
 
(Este resumo foi escrito depois de consultados várias notícias a respeito).
 
Fonte: Edésia Aducci - Nossa Senhora e seus gloriosos títulos - 2º Edição, 1960. Editora Lar Católico



quinta-feira, 13 de julho de 2017

Catecismo - 3º artigo: "Concebido por obra e graça do Espírito Santo."




O mistério da Encarnação.

1. O mistério da Encarnação contido no 2º e no 3º artigo do Símbolo é o mistério do Filho de Deus feito homem.
2. O Filho de Deus fez-se homem tomando um corpo e uma alma semelhantes aos nossos no seio da bem- aventurada Virgem Maria, sua Mãe, por obra e graça do Espírito Santo.
3. O Filho de Deus feito homem chama-se Jesus Cristo.
4. O nome de Jesus significa Salvador. "E lhe chamarão por nome Jesus, disse o anjo a São José, porque ele salvará seu povo dos pecados destes."
5. Chamamos ainda a Jesus Cristo Nosso Senhor, isto é, nosso Mestre, porque ele nos criou e nos resgatou com o seu sangue.
6. Jesus Cristo é Deus e homem no todo, porque tem duas naturezas, a natureza divina e a natureza humana.
7. Só há em Jesus Cristo uma pessoa, que é a pessoa do Filho de Deus.

Explicação da gravura.

8. Esta gravura representa o anjo Gabriel saudando a Santíssima Virgem, quando ela orava na casa de Nazaré, e anunciando-lhe que Deus a escolhera para ser a mãe do Salvador. No mesmo instante, o Espírito Santo operou em Maria, por um grande milagre, o mistério da Encarnação.
Damos a seguir a narração da Anunciação e da Visitação, segundo o Evangelho de São Lucas.

A Anunciação.

9. "E estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade de Judéia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David, e o nome da Virgem era Maria. E entrando pois o anjo onde ela estava, disse-lhe: Deus te salve, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres. Ela, como o ouviu, turbou-se de seu falar, e discorria pensativa que saudação seria esta. Então o anjo lhe disse: Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Eis conceberás e darás à luz um filho e porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
10. Disse Maria ao anjo: Como se fará isso, pois eu não conheço varão? - E o anjo lhe respondeu: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, e por isso mesmo o Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus. E que tens tu a Isabel, tua parente, que até concebeu um filho na sua velhice, e este é o sexto mês da que se diz estéril, porque a Deus nada lhe é impossível. E Maria lhe disse: Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo se apartou dela."

A Visitação.

11. "E naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas a uma cidade de Judá. E entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. E aconteceu que, tanto que Isabel ouviu a saudação de Maria, deu o menino saltos no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E bradou em voz alta e disse: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde a mim esta dita que venha visitar-me a que é Mãe de meu Senhor. Porque, assim que chegou a voz da tua saudação aos meus ouvidos, logo o menino deu saltos de prazer no meu ventre. E bem aventurada tu que creste, porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas. E Maria disse:

Cântico de Maria.
 
"A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegrou em extremo por Deus, meu Salvador, por este ter posto os olhos na baixeza de sua escrava, porque eis que de hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações. Porque me fez grandes coisas o que é Poderoso, e santo é o seu nome. E a sua misericórdia se entende de geração em geração sobre os que o temem. Ele manifestou o poder de seu braço, dissipou os que, no fundo do seu coração, formavam altivos pensamentos. Depôs do trono os poderosos, e elevou os humildes. Encheu de bens os que tinham fome e despediu vazios os que eram ricos. Protegeu a Israel, seu servo, lembrado a nossos pais, a Abraão e à sua posteridade, para sempre."
 
 
Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910. (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica)
Edição da Juventude Católica de Lisboa.


Catecismo - 2º artigo: E em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor

 
 
 
Promessa de um Redentor.
 
1. Deus criou Adão e Eva, como os anjos, num estado de inocência e de justiça em que não estavam sujeitos nem às dores, nem à morte.
2. O demônio, disfarçado em serpente, levou os nossos primeiros pais a desobedecerem a Deus, comendo do fruto proibido.
3. Em castigo da sua desobediência foram expulsos do paraíso terrestre, e condenados a comer o pão com o suor do seu rosto; ficaram sujeitos à ignorância, à concupiscência, à dor e à morte, e ficaram excluídos da felicidade do céu.
4. O pecado de Adão transmitiu-se a todos os seus descendentes, de sorte que estes nascem culpados do pecado dos seus primeiros pais e sujeitos às mesmas misérias.
5. O pecado de que todos os homens nascem réus chama-se pecado original, isto é, que vem da nossa origem.
6. A Santíssima Virgem foi isenta, por um privilégio especial, do pecado original, porque devia ser a Mãe do Filho de Deus.
7. Deus não abandonou o homem depois do seu pecado. Apiedou-se dele, e prometeu-lhe um Salvador que se chamou o Messias.
8. Deus renovou aos patriarcas Abraão e Jacó a promessa dum Salvador.
9. Deus fez anunciar pelos profetas com muita antecipação a vinda do Salvador.
10. Os profetas predisseram a época da vinda do Messias, o seu nascimento de uma Virgem em Belém, os seus milagres, a sua paixão, a sua morte, a sua ressureição, e finalmente o estabelecimento da sua religião por toda a terra.
11. O salvador prometido ao mundo é Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
O Verbo eterno.
 
12. São João, ao começar o seu Evangelho, descreve assim a geração eterna do Redentor: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Este estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e nada do que foi feito foi feito sem Ele. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplende nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado por Deus que se chamou João, Este veio por testemunho, e para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Este não era a luz, mas vinha para dar testemunho da luz.
 
O Verbo encarnado.
 
13. Este era a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos os que o receberam deu Ele poder de se fazerem filhos de Deus aos que creem em seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, glória como do Filho unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (S. João 1,1-14.)
 
Testemunho do Precursor
 
14."João dá testemunho d'Ele e clama dizendo: Este era o de quem eu disse: O que há de vir depois de mim, foi preferido a mim, porque era antes de mim. E todos nós participamos da sua plenitude e graça por graça. Porque a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade foi trazida por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, é quem o deu a conhecer. (S. João1, 15-18.)
 
Explicação da gravura.
 
15. Esta gravura representa o milagre da Transfiguração, no qual Deus Pai proclama Jesus Cristo seu Filho.
16. Jesus Cristo subiu ao monte Tabor com seus discípulos, Pedro, Tiago e João, transfigurando-se ali de súbito diante deles. O seu rosto tornou-se brilhante como o sol e suas vestes brancas como a neve. Vemos aqui Moisés e Elias falando com Ele. Do meio da nuvem luminosa que as cobre, uma voz faz ouvir estas palavras: "Este é meu Filho bem amado, em quem tenho posto todas as minhas complacências. Escutai-o."
Ouvindo isto, os apóstolos que tinham acompanhado Nosso Senhor, são tomados de assombro, prostrando-se por terra. No meio destes, São Pedro exclama: "Senhor, estamos bem aqui; se quereis, façamos aqui três tabernáculos, um para Vós, outro para Moisés e outro para Elias."
 
 
 

Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910. (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica)
Edição da Juventude Católica de Lisboa.

Catecismo - 1º artigo (continuação): Criador do céu e da terra



A criação
 
1. Estas palavras do Símbolo: criador do céu e da terra, significam que Deus tirou do nada o céu e a terra com tudo o que estes encerram.
2. Os homens não podem criar, porque para fazer alguma coisa do nada é preciso, ser-se onipotente. Só Deus pode criar, porque só Deus é onipotente.
3. Deus não era obrigado a criar o mundo; criou-o porque assim o quis.
4. Deus criou o mundo pela sua palavra, isto é, por um só ato de sua vontade.
5. As mais perfeitas criaturas de Deus são os Anjos e os homens.
 
Os Anjos 
 
6. Os anjos são puros espíritos que Deus criou para o adorarem e executarem suas ordens.
7. Deus criou-os em estado de graça e de santidade, mas nem todos perseveraram nesse estado; uma parte deles revoltou-se contra Deus perdendo a graça pelo seu orgulho.
8. Deus recompensou a fidelidade dos Anjos bons confirmando-os em graça e dando-lhes a posse da felicidade no céu.
9. As funções dos Anjos bons são louvar a Deus e executar as suas ordens.
10. Os Anjos bons, em especial os Anjos da guarda, velam por nós e protegem-nos.
11. Devemos respeitar a presença do nosso Anjo da guarda, e invoca-lo nas tentações e nos perigos.
12. Deus castigou os anjos rebeldes expulsando-os do céu e condenando-os ao suplício do inferno.
13. Os anjos maus procuram arrastar-nos ao mal, porque são inimigos de Deus e inimigos da felicidade eterna que nos está prometida.
14. Deus criou o céu e a terra em seis dias.

Explicação da gravura

15. Esta gravura representa a obra divina por meio de seis zonas circulares, cada uma das quais reproduz uma dos seis dias da criação e a atitude de Deus realizando a sua obra.
16. A primeira zona representa a obra do primeiro dia, isto é, Deus criando a luz.
17. A segunda representa a obra do segundo dia, isto é, Deus criando o firmamento, e separando-o da terra e dos céus.
18. A terceira representa a obra do terceiro dia, isto é, Deus separando a terra das águas e mandando à terra que produzisse todas as espécies de plantas.
19. A quarta representa a obra do quarto dia, isto é, Deus criando o sol, a lua e as estrelas.
20. A quinta representa a obra do quinto dia, isto é, Deus criando as aves no espaço e os peixes na água.
21. A sexta representa a obra do sexto dia, isto é, Deus criando os animais terrestres e fazendo o homem à sua imagem e semelhança.
22. Ao alto da gravura, Deus descansa no sétimo dia e consagra-o ao seu serviço. Este descanso é simbolizado pelo sol velado e pelos astros que presidem à noite, a lua e às estrelas. O triângulo formado por uma nuvem e no qual Deus descansa, significa que as três pessoas divinas cooperaram, todas elas, na obra da criação. É o que estas palavras nos revelam: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança".

O homem

23. O homem é uma criatura racional composta de uma alma e de um corpo.
24. A alma é um espírito criado à imagem de Deus para ser unido a um corpo, e que jamais morrerá.
25. A nossa alma é criada à imagem de Deus no que esta é capaz de conhecer, amar e agir livremente.
26. É certo que a nossa alma é imortal, porque é depois desta vida que Deus deve, na sua justiça, recompensar a virtude e punir o vício.
27. Deus criou o primeiro homem formando o seu corpo com terra e unindo a esse corpo uma alma que tirou do nada.
28. Para criar a primeira mulher Deus mergulhou Adão num sono misterioso, e enquanto ele dormia tirou-lhe uma costela de que formou a primeira mulher, unindo uma alma a esse corpo.
29. O primeiro homem chamou-se Adão e a primeira mulher Eva, e deles somos todos nós descendentes: por isso os chamamos os nossos primeiros pais. Deus colocou Adão e Eva num lugar de delícias chamado o paraíso terrestre.

 

Fonte da imagem: http://www.sendarium.com
Texto: Catecismo Ilustrado, 1910. (com pequenas alterações devido à mudança ortográfica)
Edição da Juventude Católica de Lisboa.